Os nove arquétipos da alma feminina

Érica Nunes

8/29/20232 min read

woman holding silver-colored crown
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A rainha da terra, assim como a própria terra, representa crescimento e evolução. O processo de transmutação das mulheres desde a semente até a árvore, flor ou mesmo o fruto.

Essa rainha tem três fases que são divididas por níveis de consciência, que são a rainha: "inocente", "desperta" e "individualizada". A energia desses três momentos pode acontecer de forma sequencial mas também pode aparecer em qualquer momento da vida de uma mulher e podem estar ligados ao desenvolvimento sexual, emocional e espiritual.

A rainha inocente é o momento onde a sexualidade ainda não está desenvolvida. É a menina que está com o corpo todo entregue ao mundo mas ainda sem tantas restrições e amarras, ela está em contato profundo e livre com as sensações e com o corpo.

A rainha desperta, é primeiramente uma princesa, que não é casada e tem seu foco completamente nela mesma, esse momento guarda um grande poder de investimento em si mesma. Ela é virgem, não no sentido sexual mas no sentido espiritual, pois sua essência não foi invadida por algo externo e brilha de alguma forma ainda pura. Essa fase é relacionada a deusa Ártemis, que sempre buscou a liberdade e a independência.

A rainha individualizada, antes de chegar a esse estágio a princesa deve ser coroada e assim ela desperta os seus poderes de rainha, a partir de agora ela começa a reger todos os ciclos de crescimento e também os seus próprios. Ela vai compreender os ciclos da terra das plantações e das colheitas como seus próprios ciclos. E a terra como a sua extensão, por isso esse arquétipo está profundamente ligado ao desenvolvimento sexual e ao processo de individuação da mulher.

Depois da coroação e do desenvolvimento de seus poderes, ela passa a ser uma rainha "com nome". Ou seja, ela começa a imprimir a sua identidade no mundo e seu reinado passa a ter características peculiares de sua expressão no mundo. Essa é uma fase em que a mulher vai estar buscando projetar o seu poder pessoal por meio da sua identidade.

A rainha da terra é uma grande transmutadora que recebe de terra e lhe devolve tudo transmutado. Sua missão simbólica dessa forma é o cuidado de um jardim, que representa o seu próprio corpo, sexualidade e obra. Quando compreender a natureza transitória dela mesma e de seu jardim ela consegue mobilizar as suas energias criativas para criar uma obra original.

Esse arquétipo representa o processo de individuação das mulheres desde o momento da inocência até o contato com as forças criativas/sexuais e a descoberta de seu poder pessoal.

Ele tem muito a nos ensinar no sentido de nos lembrarmos que existe uma identidade/essência profunda a ser colocada para o mundo, pois a sociedade patriarcal não incentiva as mulheres a buscar a sua expressão, como se não tivéssemos nada a mostrar.

Esse arquétipo nos lembra que a rainha interior tem uma mensagem que devemos expressar.