Codependência afetiva e autoestima

Autoimportância; Codependência; dependência emocional; relacionamentos afetivos

Érica Nunes

10/6/20232 min read

a woman covering her eyes with her hands
a woman covering her eyes with her hands

A auto-importância como uma grande cilada para autoestima.

Pode ser muito desafiador nos amarmos e construirmos por nós mesmas um caminho de autoestima, então, o que frequentemente acontece, comigo inclusive, é  que acabamos nos conformando e focando nossas energias quase completamente em nos sentirmos importantes para outras pessoas. 

É claro que existe algo de muito positivo em nos sentirmos fator de soma na vida das pessoas que nos rodeiam e é natural que busquemos isso. 

 O ponto que estou trazendo aqui é quando a nossa autoimagem/estima se baseia completamente nisso - na função que temos na vida das pessoas e o reconhecimento que recebemos com isso. 

Pois mesmo que de maneira muito inconsciente e espontânea isso diminui consideravelmente o nosso investimento de amor e de energia para dentro,  ficamos focadas e viciadas em receber reforçamento externo.  Até certo ponto isso pode acontecer de maneira natural, porém quando abusamos desse recurso secamos a nossa própria fonte.

Lembre-se sempre de que você é a chave e o ingrediente principal da sua própria vida, tem muitas coisas que não vão acontecer, evoluir e se transformar dentro e fora enquanto você não estiver aqui presente investida na sua vida.

Alguém tem que estar cuidando dessa vida aqui e a melhor pessoa para fazer isso sou sempre eu mesma,  a única pessoa que conhece realmente as minhas necessidades.  

Quando estou esperando que o outro me supra estou na frustração e na falta quando assumo essa responsabilidade para mim estou na abundância. As relações podem me trazer muito crescimento, experiência e amor e isso é maravilhoso mas o meu valor e a minha autoestima é um presente que ninguém pode me dar por mais satisfeito que esteja comigo.

Definir para mim mesma que não preciso estar 100% do tempo disponível para o outro é algo que já me ajuda bastante, reconhecer que posso ter limites e me priorizar também. Além de respeitar o outro o suficiente para acreditar que ele é capaz de lidar com as próprias questões e que eu nem sou tão importante assim é uma grande libertação e abre um enorme espaço para que eu esteja amorosamente comigo.