As redes sociais e a perda da criatividade nas mulheres

FRONT PAGR

Érica Nunes

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woman in black hijab smiling
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Clarissa Pinkola Estés fala sobre o fluxo criativo como um rio canalizador de ideias que nos liga à nossa essência mais profunda.

Essa essência tem uma mensagem a ser transmitida da nossa natureza selvagem para o mundo material.

Quando a mulher está distante de sua natureza selvagem e numa cultura que desvaloriza a produção criativa feminina esse rio começa a ser silenciosamente poluído.

A poluição desse rio vem por meio do excesso de informação presente nas redes, na objetificação dos corpos das mulheres, na comparação com a vida editada de outras pessoas, nas modinhas de internet que nos sentimos pressionadas a seguir.

Percebemos essa poluição na nossa dificuldade de criar e no pensamento de que o que estamos criando não tem valor pois o algoritmo nos mostra que tem tantas pessoas fazendo a "mesma" coisa.

As redes e o uso excessivo da internet tira os nossos momentos de silêncio e contemplação fundamentais para a criação. Nos coloca no lugar receptivo de ter que saber sempre mais e achar que o que tem dentro é sempre pouco.

A excesso de informação nos faz perder a percepção do que é importante (o que portamos dentro), pois tudo pode ser irrelevante diante de um mar de posts e vídeos.

A vida criativa exige contato com o que está dentro e para isso precisamos de espaço na nossa vida material cotidiana, distância das emanações externas que mais nos confundem que nos favorecem.

Você é um ser original e existe uma mensagem que só você pode passar para o mundo, essa voz é sutil e precisa de silêncio para ser escutada. Permita-se estar longe para escutar a sua voz.